Aí entrei para o quinteto do grande baterista Edison Machado e passamos entre outras coisas a acompanhar o inesquecível Agostinho dos Santos, o que mais para a frente vou escrever um capítulo especial sobre essa faze. Comecei também a me aventurar pelo Rio de Janeiro, e também fiz a direção musical (1973) de uma peça teatral "Labirinto, o balanço da vida" onde em cena ficavam somente o Walmor Chagas e o meu grupo musical, formado por Pete Wooley ao contrabaixo, o guitarrista Sydney do Vale (Palhinha), o baterista Zé Eduardo Nazário e o saxofonista Ion Muniz. Ficamos em cartaz por 8 meses, fazendo 9 espetáculos por semana, e ganhamos o premio Moliere como melhor peça do ano e um dinheirinho bom também.
A barra era pesada, muito arrocho da polícia,sexo, samba e drogas, mas íamos levando, até que resolvi no fim de 1974 me aventurar em N.Y., depois de ter passado a noite embaixo da pista de decolagem do Aeroporto Santos Dumont no Rio de Janeiro junto com um monte de colegas, pois achavam que éramos parte de um esquema de venda de drogas que angariava fundos para a compra de armas.... Pode? Até que se convenceram que não era nada disso, éramos apenas jovens artistas usuários... Mas não queria passar por isso de novo, então resolvi me auto-exilar nos EUA antes que fosse tarde demais.
Cansei, por hoje é só Devagar vou contando outras peripécias desta primeira fase da minha carreira, entre o final dos anos 60 até o final de 74, quando começou a segunda faze. Deixo vocês hoje com uma de minhas primeiras gravações, junto com o quinteto do Edison Machado, acompanhando o grande compositor e amigo e compadre Amado Maita.

Fiquem então com o Samba de Amigo, composição e interpretação do grande Amado Maita com arranjo do não menor Antonio Barbosa.
Um comentário:
Olá velho amigo do bexiga!
Quem te escreve é seu amigo Antônio
Barbosa (violonista, maestro arranjador). Esqueceu de mim?
Vou deixar o meu telefone para contato (16) 97778841. Estou no interior e procurando algum trabalho em Rio Claro.
Grande abraço de saudade!
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